A Portaria 2048 do Ministério da Saúde propõe a implantação nas unidades de atendimento de urgências o acolhimento e a “triagem classificatória de risco”. De acordo com esta Portaria, este processo “deve ser realizado por profissional de saúde, de nível superior, mediante treinamento específico e utilização de protocolos pré-estabelecidos e tem por objetivo avaliar o grau de urgência das queixas dos pacientes, colocando-os em ordem de prioridade para o atendimento” (BRASIL, 2002). O Acolhimento com Classificação de Risco – ACCR - se mostra como um instrumento reorganizador dos processos de trabalho na tentativa de melhorar e consolidar o Sistema Único de Saúde. Vai estabelecer mudanças na forma e no resultado do atendimento do usuário do SUS. Será um instrumento de humanização. A estratégia de implantação da sistemática do Acolhimento com Classificação de Risco possibilita abrir processos de reflexão e aprendizado institucional de modo a reestruturar as práticas assistenciais e construir novos sentidos e valores, avançando em ações humanizadas e compartilhadas, pois necessariamente é um trabalho coletivo e cooperativo. Possibilita a ampliação da resolutividade ao incorporar critérios de avaliação de riscos, que levam em conta toda a complexidade dos fenômenos saúde/doença, o grau de sofrimento dos usuários e seus familiares, a priorização da atenção no tempo, diminuindo o número de mortes evitáveis, sequelas e internações. A Classificação de Risco deve ser um instrumento para melhor organizar o fluxo
de pacientes que procuram as portas de entrada de urgência/emergência, gerando um atendimento resolutivo e humanizado.
MISSÕES DO ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO
de urgência/emergência;
2 - Humanizar o atendimento;
3 - Garantir um atendimento rápido e efetivo.
OBJETIVOS
• Escuta qualificada do cidadão que procura os serviços de urgência/emergência;
• Classificar, mediante protocolo, as queixas dos usuários que demandam os serviços de
urgência/emergência, visando identificar os que necessitam de atendimento médico
mediato ou imediato;
• Construir os fluxos de atendimento na urgência/emergência considerando todos os
serviços da rede de assistência à saúde;
• Funcionar como um instrumento de ordenação e orientação da assistência, sendo um
sistema de regulação da demanda dos serviços de urgência/emergência.
EQUIPE
Equipe multiprofissional: enfermeiro, auxiliar de enfermagem, serviço social,
equipe médica, profissionais da portaria/recepção e estagiários.
PROCESSO DE CLASSIFICAÇÃO
É a identificação dos pacientes que necessitam de intervenção médica e de
cuidados de enfermagem, de acordo com o potencial de risco, agravos à saúde ou grau
de sofrimento, usando um processo de escuta qualificada e tomada de decisão baseada
em protocolo e aliada à capacidade de julgamento crítico e experiência do enfermeiro.
A - Usuário procura o serviço de urgência.
B - É acolhido pelos funcionários da portaria/recepção ou estagiários e encaminhado
para confecção da ficha de atendimento.
C - Logo após é encaminhado ao setor de Classificação de Risco, onde é acolhido pelo
auxiliar de enfermagem e enfermeiro que, utilizando informações da escuta qualificada
e da tomada de dados vitais, se baseia no protocolo e classifica o usuário.
CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO
1 - Apresentação usual da doença;
2 - Sinais de alerta (choque, palidez cutânea, febre alta, desmaio ou perda da consciência,
desorientação, tipo de dor, etc.);
3 - Situação – queixa principal;
4 - Pontos importantes na avaliação inicial: sinais vitais – Sat. de O2 – escala de dor
- escala de Glasgow – doenças preexistentes – idade – dificuldade de comunicação
(droga, álcool, retardo mental, etc.);
5 - Reavaliar constantemente poderá mudar a classificação.
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